Carrie e Hans Jorgensen, um casal dinamarquês-americano, chegaram a Portugal, nos anos oitenta, de veleiro, vindos da Malásia e descobriram a herdade Cortes de Cima, no sopé da Serra do Meandro, Vidigueira, Alentejo. Na época, o local era apenas um monte, uma quinta com oliveiras antigas, cereais e animais, sem eletricidade ou água corrente. Decidiram ali ficar e começar a sua família. Lentamente, a quinta cresceu, primeiro com melões e tomates secos, até que, em 1991, plantaram vinhas. Colheram as primeiras uvas em 1996 e, pouco depois, a herdade de Cortes de Cima tornou-se famosa pelos seus vinhos e azeite. Pelo seu sucesso e ideias inovadoras ao tempo, tornaram-se um dos maiores nomes da região.
COMO
COMEÇAMOS

Está na hora
da evolução

O QUE
ANDAMOS
A FAZER

Em Cortes de Cima, é a vez da segunda geração.

Em 2019, a filha mais nova, Anna, regressou à Vidigueira, onde cresceu com o irmão Thomas.
Pouco depois assumiu a gestão da herdade e iniciou um novo capítulo nos negócios familiares.

Viramos a página, deixando a agricultura convencional e intensiva do passado e optando por uma abordagem holística, regenerativa e orgânica. É o regresso às raízes da herdade antiga.

Em Cortes de Cima, o objetivo é produzir vinho de qualidade que reflita o lugar.

Abraçamos uma filosofia diferente, procurando fortalecer e qualificar a nossa comunidade local. Guiamo-nos pelos princípios da agricultura biodinâmica, recuperamos as antigas tradições, preservamos a diversidade genética e o património da região.

Mudámos para a policultura e trouxemos de volta os animais, com o objetivo de criar um ecossistema saudável, um pulmão verde para o nosso querido Alentejo.

O nosso objetivo é ser uma inspiração, para que outros façam o mesmo, através da transparência das nossas palavras e ações, do nosso compromisso em mudar e da nossa paixão pela terra.

Porque em resumo, a vida é um ciclo constante de mudança, é uma viagem, nem sempre fácil, mas urgente e possível, especialmente se a fizermos juntos.

Os nossos quatrocentos hectares de terra contígua oferecem-nos uma oportunidade única para seguir uma abordagem holística.

Transitámos da monocultura para a policultura e reduzimos a área total de vinha de 240 para 64 hectares na Vidigueira e 35 hectares na costa.

Já não somos apenas uma herdade produtora de vinho. Cortes de Cima é uma herdade que também produz vinho.

Visão holística da herdade

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Estamos a descobrir o nosso território com a ajuda da sabedoria biodinâmica de Georg Meissner, aprendendo práticas regenerativas. Estamos a construir uma herdade viva com uma abordagem holística.

Fazemos uma viticultura à escala humana, cultivando a vida do solo, com a ajuda de animais e plantas, reduzindo a nossa dependência de inputs externos.

Um solo vivo

O foco está na regeneração da vida do solo, criar um solo vivo que possa sustentar as videiras naturalmente. Melhoramos a sua estrutura através de cobertos vegetais espontâneos e semeados. Limitamos as passagens de tratores para evitar a compactação do solo. Minimizamos a movimentação do solo para não perturbar a vida nas primeiras camadas. No fim da primavera passamos um rolo pelo coberto vegetal que o torna numa manta natural, protegendo o solo da exposição solar direta.

Os
Animais

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Os animais estão de regresso à herdade – gansos, galinhas, ovelhas, burros e vacas.

Os animais estão de regresso à herdade – gansos, galinhas, ovelhas, burros e vacas. Seguimos uma abordagem holística, alternando as áreas de pastagem para melhorar a qualidade do solo com a sua matéria orgânica.

Seguimos uma abordagem holística, alternando as áreas de pastagem para melhorar a qualidade do solo com a sua matéria orgânica. 

Os animais mantêm a vegetação aparada enquanto fertilizam naturalmente o solo, minimizando a necessidade de controlo mecânico ou manual de ervas daninhas e a utilização de químicos.

O estrume de vaca também é usado para fazer as nossas próprias preparações biodinâmicas e composto. As galinhas e gansos ajudam a equilibrar as populações de insetos. O objetivo é dar mais um passo em direção ao fecho do ciclo, sendo menos dependentes de inputs externos. Ao mesmo tempo a presença dos animais no sistema agrícola traz uma energia importante à herdade.

Um pulmão verde - Floresta

Reduzimos a área de vinha, passando de um modelo convencional focado na monocultura para um sistema de policultura, concentrando-nos nos melhores terroirs.
Estamos a reutilizar a terra que ficou liberta para aumentar a nossa biodiversidade através da plantação de floresta e outras árvores, fazendo crescer os nossos 60 hectares de Montado.
Transplantámos e salvámos 2000 oliveiras centenárias de uma propriedade vizinha, de onde foram arrancadas e substituídas por uma plantação intensiva de oliveiras. Estas árvores são a essência da verdadeira ancestralidade do Alentejo. Preservá-las significa salvaguardar um património genético único, mais adaptado à sobrevivência, resiliente e autêntico. As oliveiras, a floresta e o montado permitem-nos densificar os cursos de água, reabilitar o solo e criar um pulmão verde. Isto é essencial para prevenir a desertificação na nossa região. A nossa motivação é preservar as antigas tradições agrícolas do Alentejo e a sua diversidade genética. Os nossos quatrocentos hectares de terra contígua oferecem-nos uma oportunidade única para seguir uma abordagem holística.

Transplantámos e salvámos 2000 oliveiras centenárias de uma propriedade vizinha, de onde foram arrancadas e substituídas por uma plantação intensiva de oliveiras.

Estas árvores são a essência da verdadeira ancestralidade do Alentejo.

Preservá-las significa salvaguardar um património genético único, mais adaptado à sobrevivência, resiliente e autêntico.

Os nossos quatrocentos hectares de terra contígua oferecem-nos uma oportunidade única para seguir uma abordagem holística.

Estudamos
o nosso solo

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Com o especialista em terroirs, Pedro Parra, fazemos um estudo aprofundado do solo da nossa herdade. Através do mapeamento da condutividade eletromagnética (EM) e de inúmeras sondagens de solo, ganhamos uma compreensão detalhada dos nossos solos e dos vinhos que deles resultam. Foi este conhecimento que orientou as nossas escolhas na redução da área de vinha, privilegiando plantas com maior potencial de qualidade, de onde resultam vinhos capazes de expressar bem o terroir. Também nos guiamos por critérios de sustentabilidade, selecionando os solos que dependem do menor número de inputs externos, com maior capacidade de retenção de água, melhor fertilidade natural e capacidade para criar raízes em profundidade, procurando alimento nas fissuras da rocha mãe.   A nossa herdade na Vidigueira está dividida entre duas rochas-mãe, calcário e granito, com quantidades variáveis de argila. Ao mesmo tempo, as nossas vinhas costeiras em Vila Nova de Milfontes estão plantadas em areia limosa com seixos finos.

This knowledge has guided our reduction of vineyard area, focusing on the vineyards with the highest quality potential and the ability for the resulting wines to express their terroir as well as a sustainability point of view, selecting the soils that rely on the least amount of external inputs, with higher water holding capacity, better natural fertility and the ability for the roots go deep and feed in the cracks of the mother rock.

Com o especialista em terroirs, Pedro Parra, fazemos um estudo aprofundado do solo da nossa herdade.

Através do mapeamento da condutividade eletromagnética (EM) e de inúmeras sondagens de solo, ganhamos uma compreensão detalhada dos nossos solos e dos vinhos que deles resultam.

O REGRESSO DAS VINHAS ANTIGAS E INDIGENAS

Estamos à procura de vinhas antigas, procurando castas de uvas locais, retirando varas para fazermos uma seleção massal.

É um novo capítulo para nós, trabalhar com material genético antigo que se desenvolveu ao longo de séculos neste lugar e, como tal, está melhor adaptado às nossas condições climáticas.

Preservar a diversidade genética trará resiliência e uma identidade mais forte aos nossos vinhos.

A poda é uma arte feita pelas mãos cuidadosas de nossa equipa.

Respeito pela vinha

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Estamos a aprender com o mestre da poda, Marco Simmonit, a respeitar a videira, a  sua estrutura natural e o seu fluxo vascular.

Uma abordagem de poda manual e respeitosa promove uma ligação harmoniosa, próxima entre a videira e a sua cuidadora. A videira é uma trepadeira e gosta de crescer. Por isso, a poda tem de permitir que essa sua vontade se cumpra. Tem sido esta a aprendizagem da nossa equipa e é isso que temos vindo a fazer.
As intervenções em verde, como a poda em verde, são de grande importância e a sua abordagem varia consoante as necessidades de cada planta.

Descubra
os nossos vinhos
e azeite

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